segunda-feira, 18 de maio de 2009

Como funciona o marketing das vendas de modelos raros

Reprodução Internet
Ferrari 330TR foi fabricada em 1962

Apresentar determinado produto no ambiente certo faz parte das regras do marketing de excelência. E no mundo dos leilões de carros de luxo isso também acontece. Um bom exemplo é a estratégia usada pela organizadora de leilões da Ferrari, a RM Auctions. Para um seleto grupo de clientes, existe um programa de quatro dias de experiências exclusivas antecedendo o grande dia do leilão, que acontece no cento de logística da equipe de Fórmula 1. O tal programa inclui visitas ao museu da marca italiana e à linha de montagem, além de um passeio até alguns castelos onde ficam coleções particulares, para apreciar alguns dos modelos que foram comprados em leilões famosos.

As atividades organizadas fazem parte de uma venda especial agendada todos os anos e que foi batizada como “Leggenda e Passione”. O seleto grupo de pessoas que participam desse programa também tem a oportunidade de pilotar um moderno modelo 599 na pista de testes da marca, em Fiorano (Itália) e isso também faz parte da estratégia de aumentar o interesse desses clientes em potencial pelos esportivos da Casa de Maranello. Além disso, a figura do leiloeiro também é importante, ainda mais depois que os preços das raridades leiloadas começaram a bater recordes. Por isso, a mídia também é usada, com cobertura dos leilões por TV a cabo, que são regados a comentários bem detalhados sobre os carros à venda. E para atrair o público, esses eventos acabam se transformando em verdadeiros espetáculos.

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288GT é de 1985, enquanto a 365 GTB foi feita em 1973

O famoso leitão Barrett-Jackson, no Arizona (EUA) conta com jantar de gala, lojas de jóias e spa que inclui até tratamento com aplicação de Botox. Mas todo esse trabalho tem sua recompensa, como com vendas bastante especiais, como a da Ferrari Califórnia 250 GT, de 1961, que foi do ator James Coburn, pela quantia recorde de US$ 10,9 milhões. O valor foi o maior pago por um clássico depois de 21 anos, superando os US$ 9,7 milhões da Bugatti Royalle 1931, em 1987. Esse mundo glamuroso dos carros antigos começou a tomar forma a partir dos anos 50, quando estrelas de Hollywood e milionários do mundo inteiro entraram nesse cenário.

Chamar a atenção dos potenciais compradores de clássicos de luxo é bem mais do que apenas distribuir um catálogo, convites e reservar uma cadeira especial durante o leilão. A estratégia de marketing também inclui viagens para a Itália oferecidas para clientes dos Estados Unidos, Canadá, Rússia, Japão e Austrália. Afinal, vender Ferraris em um ambiente histórico e com certificado de originalidade combina experiências que não se pode comprar. Em casos muito especiais ainda é possível andar na pista de testes com algumas raridades, provando que os clássicos não sobrevivem de aparências.

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512S de competição foi feita em 1970; a famosa F40 é de 1990

Essa credibilidade dos leilões de luxo conquistou o colecionador Dino Maggio, que vive em Ontário (Canadá), que tem 40 carros em participou do primeiro leilão no ano passado quando seu filho foi convidado a ir até a pista da Ferrari. Depois de ter completado toda a programação para os VIPS, Maggio comprou uma F430 Scuderia. “Gosto de fazer bons negócios, comprar o melhor produto possível e todo esse programa de inspira confiança”. Mas essa estratégia é usada apenas para leilões de carros sofisticados, uma vez que outra venda do gênero já tem uma boa base de clientes consolidada. Criar um vínculo com o objeto a ser comprado, bem como conhecê-lo a fundo, são pontos importantes para, diz David Gooding, fundador da empresa de leilões Gooding & Company.

Fonte:autonews

Abraços

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