segunda-feira, 8 de junho de 2009

Equipamentos modernos para facilitar o dia-a-dia



É fato que a tecnologia avançou e muitos dos produtos que chegam ao mercado poderiam ser considerados realmente inimagináveis. Se voltarmos no tempo, uns 10 ou 15 anos, objetos que hoje em dia são comuns e não vivemos mais sem eles, eram quesitos de luxo ou nem pensávamos que poderiam existir. Celular, Laptop, DVD, MP3, Ipod, monitor e TV de plasma ou LCD, Blu-ray, entre outros, eram pra poucos ou ainda estavam em desenvolvimento, totalmente desconhecidos das pessoas.

Alguns objetos simples e rotineiros ganham certo tom de modernidade. Como por exemplo; você acha possível uma torneira fazer algo mais do que fornecer água quente ou fria? A resposta é sim. Uma torneira pode fazer muito mais coisas.


Acessar a internet, conferir e-mails, receber a previsão do tempo e também escolher a temperatura ideal da água, são possíveis com a torneira inteligente, com design futurista, batizada de Smartfaucet.

Com um corpo metálico, a torneira possui uma tela touchscreen colorida e uma microcâmera instalada na parte superior, o que faz reconhecimento do usuário fornecendo suas preferências, desde o fluxo e temperatura da água até disponibilizar assuntos dos e-mails, entre algumas outras funções.

Para não ter problemas com a temperatura, o bocal da torneira muda de cor de acordo com a temperatura da água. A cor varia do vermelho, para água quente, ao azul, para água fria, mas se a temperatura estiver morna a cor fica rosada.


Se você tem dificuldades para fazer o ajuste ideal na temperatura da água para tomar banho, com o Smartshower os seus problemas terminaram, pois o chuveiro com misturador inteligente deixa o seu banho da maneira que você gosta. O equipamento possui três memórias, o que permite armazenar as suas preferências, como a temperatura e o fluxo.


Como estamos falando em banho, nada melhor do que tomar um de banheira, todavia, este ritual pode ser aperfeiçoado com uma pitada de tecnologia. A banheira Maiorca, acomoda um casal com conforto e, para melhorar a mordomia, possui acoplada uma TV LCD de 15 polegadas, painel digital, 17 jatos de hidromassagem, filtro, iluminação e air blower.


Outro modelo do gênero é a Smarthydro, uma banheira que associa um design inovador a muita tecnologia. O diferencial dela é a forma como o banho pode ser preparado. Não é necessário nem estar presente para colocar água, basta ter um celular com internet para organizar o banho.


Carregar aquele chaveiro lotado de chaves é coisa do passado, pois com o smartdoor, as fechaduras podem ser abertas pelo celular, por senhas, ou por leitura biométrica, isto é, pela impressão digital. Para cada dedo da mão, pode ser programado um tipo de ambientação ao abrir as portas, como acender a luz com a intensidade desejada, ligar o ar condicionado e abrir a persiana elétrica.


Até mesmo o interruptor de acender luz ganhou uma versão moderna com muito mais funções do que o simples ligar e apagar. O interruptor inteligente, chamado de Smartcontrol, controla diversos aplicativos da casa, como o tradicional acender as luzes, abrir as persianas e colocar para funcionar alguns dos acessórios citados acima, como o chuveiro inteligente.

Todos esses equipamentos são apenas alguns exemplos do grande avanço da tecnologia no intuito de facilitar a vida de todos. O que você acha dessas inovações? Tem vontade de colocar mais funções em determinados produtos? Dê a sua opinião. Crie algum objeto com múltiplas funções e deixe um comentário.

domingo, 7 de junho de 2009

Johnnie Walker explica o caminho do seu sucesso


A Johnnie Walker cresceu explorando o conceito de progresso pessoal em sua comunicação ao mesmo tempo em que buscava se aproximar de diferentes consumidores com pesquisas, eventos e ações focadas em um público Premium. Foi o que contou Eliza Duque Estrada, Brand Manager da marca, durante a palestra que iniciou o segundo dia do Seminário Marketing 360º.

A executiva contou um pouco da estratégia que permitiu o sucesso da marca em todo o mundo. Uma delas é a opção do uso de garrafas quadradas para os produtos a partir de 1870, que já se tornaram ícone da marca. “As embalagens desse tipo quebram mais dificilmente que as redondas, o que facilitava a logística na hora de exportar o produto para fora da Escócia, [onde a marca surgiu]”, explica Eliza.

A linha de bebidas surgida em 1820 só ganharia a marca Johnnie Walker e seu icônico “Striding Man” em 1908, que desde então seria explorado em toda a comunicação da marca. Aqui no Brasil, Johnnie Walker passou por uma trajetória de sucesso a partir de 1997, quando passou a investir fortemente em ações de Marketing e publicidade, o que a levou dos 22% de participação de mercado em 1996 até os 58% atuais, chegando à liderança.

Para isso, a marca optou por ir além do clima de celebração comum na categoria de bebidas. Assim, passou a investir no sentimento de progressão pessoal em sua comunicação. Não apenas em mensagens positivas em publicidade, mas também através de ações como o patrocínio à equipe de Formula 1 McLaren Mercedes ou a que convidou consumidores em Recife a dar um passeio de helicóptero enquanto conheciam brevemente a biografia de personalidades recifenses de sucesso. A experiência da marca é vista como essencial para a Brand Manager. “Uma das ações da empresa foi um ônibus itinerante. Os consumidores podiam entrar e experimentar o produto em um ambiente de festa”, ressalta.

Ícones explorados na comunicação para atrair atenção
Apesar do Brasil ser um dos principais consumidores de whisky no mundo - com a capital pernambucana contendo o maior consumo per capita do produto -, um dos desafios que Johnnie Walker encontrou no Brasil foi a falta de um conceito de mistura de bebidas. Por isso, passou a promover o mix de Johnnie Walker em festas com a presença de um bartender. Para aguçar a curiosidade dos presentes, as misturas eram servidas apenas em copos vermelhos, atraindo a atenção dos consumidores.

A Johnnie Walker também apostou em produtos Premium, criando linhas posicionadas como opções de presentes em packs acompanhando brindes como taças. Muitos desses produtos eram exibidos em displays e até vitrines luxuosas, onde o cliente podia entrar para degustar.

Hoje, a marca também é vista em muitos brindes diferenciados, como camiseta e outros itens de moda. “O objetivo é gerar lembrança da marca sem ser invasivo. Utilizamos o “Striding Man” de forma muito discreta em camisas. O objetivo não é entrar no mercado de moda ou trabalhar com brindes de forma genérica, a diversidade de brindes vem da necessidade de atender vários consumidores”, explica Eliza ao responder uma pergunta feita pelo Twitter ao vivo durante a palestra.

O Seminário Marketing 360° Rio de Janeiro 2009 é patrocinado pela TNS Research International e tem o apoio da Elemidia, propmark, revista Marketing, Band News FM, Gouvêa de Souza, Jornal do Brasil e Virtual Target. A realização é do Mundo do Marketing.

Mundo do Marketing: Publicado em 05/06/2009

McDonald’s e Zara saem-se bem na crise

McDonald’s e Zara saem-se bem na criseÉ possível gerar valor para a marca em momentos de crise econômica como o de agora? De acordo com a Interbrand, sim. Segundo um estudo que a consultoria de branding acaba de finalizar sobre o impacto da crise nas marcas, esta é uma tarefa ainda mais difícil neste momento.

A consultoria analisou o desempenho das marcas líderes no primeiro trimestre de 2009 nos Estados Unidos e na Europa e viu exemplos como o da Zara e o do McDonald’s que estão se saindo bem com seus preços atraentes. O desafio, no entanto, será manter os novos clientes depois que a crise passar. A seguir, o Mundo do Marketing destaca as principais conclusões retiradas do estudo da Interbrand.

“Alguém sempre tem de ganhar. Neste mercado, os vencedores são as marcas de baixo orçamento que, seja por característica ou circunstância, estavam no lugar certo na hora certa. Varejistas de baixo custo e alto valor agregado são exemplos típicos desse caso, ou restaurantes de fast-food que roubam mercado de refeições familiares fora de casa em restaurantes “comuns”. Ou, no caso do McDonald’s, roubando fatia de mercado diretamente da Starbuck’s, apresentando-se como uma opção de café mais acessível.

A empresa já tinha fortalecido sua oferta nos últimos anos para atualizar sua marca, concentrando-se em produtos mais saudáveis. Essa atualização a ajudou a começar a capturar um público novo, de classe média, que está buscando alternativas de baixo custo para comer fora de casa que não sejam os restaurantes mais caros.

Bons exemplos
O McDonald’s também foi esperto ao agarrar uma oportunidade adicional de roubar um novo público da Starbuck’s. Quando os consumidores mencionaram que os preços dos cafés da Starbuck’s estavam agora altos demais para consumo diário, o McDonald’s alavancou sua oferta já consolidada de cafés, posicionando-se como uma alternativa de baixo custo, mas premium. Até agora, seus esforços têm compensado.

Da mesma forma, embora todo o varejo tenha sofrido, a marca de moda Zara sofreu menos, em função de seu quociente baixo custo/qualidade. A Zara, que se tornou uma potência verdadeiramente global nos últimos anos, possui um modelo de negócios particularmente sólido, com lançamentos semanais de novos produtos e um design impulsionado pelo consumidor, baseado em informações fornecidas por especialistas de mercado, compradores, e também designers.

A Zara continua comprometida com seu esforço, e tem observado um aumento nas vendas, particularmente no Japão, onde marcas de luxo costumavam florescer. E também ainda não parou, com planos de se estender para Zara Home, e de formar uma parceria com a MTV para uma linha de roupas.

À medida que as dificuldades econômicas se tornam mais aparentes para os consumidores, eles começam a buscar valor, e é exatamente isso que essas marcas oferecem. Elas atualmente estão se beneficiando do empuxo gravitacional de valor. Isso fica evidente com o lucro bem-sucedido da varejista de moda Zara apesar da desaceleração, particularmente em mercados como Japão, onde ganhou participação de mercado.

O desafio para ambas as empresas, contudo, será garantir a manutenção dos novos clientes depois que a economia se recuperar. Isso significa que elas precisam trabalhar mais duro do que nunca em seus produtos e serviços, atraindo os compradores por motivos além simplesmente de preço.

Fundo do poço
No outro extremo da crise estão os bancos, que já foram sinônimos de segurança e confiança pública. Mas, para muitos, o colapso global dos mercados financeiros levou a um reajuste em seu relacionamento tanto com seu próprio dinheiro quanto com os bancos que cuidam dele. Os consumidores não confiam mais no setor financeiro. O furacão está aí – então como os bancos podem reconquistar a confiança dos consumidores e como o branding corporativo pode contribuir para esse esforço?

McDonald’s e Zara saem-se bem na criseO Citigroup, que já foi o maior banco do mundo em ativos, e que ficou com a 19ª colocação no Best Global Brands 2008, perdeu US$ 253 bilhões de seu valor de mercado em dois anos. A queda do Citigroup sinalizou um alerta assustador aos consumidores: nenhum banco é seguro. Enquanto isso, bancos que não figuraram na lista Best Global Brands 2008 por serem regionais ou pequenos demais se beneficiariam da erosão de confiança nos concorrentes maiores.

Embora seria um exagero dizer que este é um momento excelente para essas marcas, já que esses bancos tranquilizaram os mercados com sucesso e reconquistaram ou mantiveram a confiança dos consumidores, eles são menos vulneráveis no longo prazo. A oportunidade maior de longo prazo para os proprietários de marca é capitalizar no mar de mudanças e construir novas marcas. Isso é mais fácil de falar do que fazer, mas poderia incluir:

:: Renovar - Se você é uma marca com uma afinidade valiosa com o consumidor, este mercado poderia ser uma nova oportunidade para você. Por exemplo, o Sandoval está usando seu forte foco em banco de varejo e seu legado de confiança para roubar fatia de mercado de seus concorrentes.

:: Revigorar - Vá mais fundo nos drivers de vínculo dos consumidores e use a natureza transformadora do mercado para realizar mudanças amplas e duradouras na estratégia de negócios e de marca de sua organização, assim como um cliente global de serviços financeiros está fazendo.

:: Realocar - A ascensão simultânea do Papel da Marca e a queda de confiança e de reputação entre os líderes atuais deixa a porta bem aberta para novos movimentos laterais e novos ingressos. No dia 30 de março, a Tesco anunciou que abriria 30 filiais daquilo que se chamaria Tesco Bank, um modelo que estavam testando.

:: Reconstruir - Alavancar o momento para reconstruir uma nova marca. É cedo demais para saber quem conseguirá fazer isso com sucesso. Se você está gerenciando uma marca no meio de um furacão, reconheça que os antigos meios de fazer negócios agora mudaram. Crie cenários de futuro baseados nas necessidades antecipadas dos consumidores e comece a se orientar para essa direção o mais rápido que puder.

Industria automobilística
Muitas marcas líderes que já tiveram uma demanda consistente para seus produtos estão agora passando por uma depressão. De fato, o cenário da Depressão é o resultado mais comum da crise econômica global. Este cenário é, obviamente, mais evidente na indústria automobilística.

A Ford e a GM viram suas ações despencarem, com pedidos de resgate iminentes. Embora a Ford esteja combatendo as demissões e os custos de produção concentrando-se agressivamente no lançamento de um novo Ford Taurus para melhorar a reputação da marca nos EUA, além de focar no mercado chinês, é difícil dizer se isso dará o impulso que a marca precisa. A pergunta é: Dada a situação da Ford, essa mudança de jogo é suficiente?

Enquanto isso, a Honda, que demonstrou ser uma marca muito mais estável nos últimos anos, também está no cenário de Depressão. Embora tenhamos previsto um aumento de receita de 8% em 2008 e de 2% em 2009 para a Honda no Best Global Brands 2008, em virtude da situação econômica atual esperamos agora um declínio de 12% em 2008 e 6% em 2009. A Honda também foi obrigada a reduzir sua produção para baixar os níveis de estoque nos EUA, Europa e Japão.

Marcas de Luxo
Algumas marcas que já estão começando a se preparar para um futuro incerto incluem as marcas de luxo Louis Vuitton e Ferrari. Apesar de um volume de vendas surpreendentemente acima do esperado em 2008, a LVMH provavelmente perderá valor.

A situação econômica do Japão provavelmente irá impactar a marca com uma redução de 10% nos lucros, e a LVMH já começou a controlar rigorosamente seus custos, esboçando planos para uma nova loja de 10 andares no bairro de alto luxo de Ginza, em Tóquio, que deve ser inaugurada em 2010. A empresa também baixou os preços de todos os seus produtos em 7% para incentivar a demanda. Contudo, ela continua avançando, com colaborações na linha de criação e com a Neverfull, uma linha de custo mais baixo.

Embora a Neverfull tenha se mostrado campeã em vendas, a linha – e também os cortes nos preços – podem acabar diminuindo o valor da marca no longo prazo. Da mesma forma, mesmo quando o mercado se recuperar, não está claro se os consumidores continuarão tendo o mesmo interesse de antigamente em artigos de luxo.

A Ferrari está em uma posição semelhante. Embora as vendas tenham aumentado em 2008 (principalmente na Europa Oriental), e a Ferrari tenha um histórico de lucro mesmo nos piores momentos (a empresa continuou a vender bem mesmo durante a crise dos combustíveis em 1970), seus planos são dispensar 10% de sua mão-de-obra. Embora Luca di Montezemolo, presidente da Ferrari, tenha supostamente dito que “sempre haverá pessoas loucas o suficiente para comprar uma Ferrari”, como o futuro parece particularmente obscuro para as marcas de luxo, a empresa está tomando medidas para se planejar adequadamente.

McDonald’s e Zara saem-se bem na crise

Desafios a serem enfrentados
As empresas que se encontram no cenário de mercado do Furacão precisam considerar como sua marca deve agir no futuro e criar estratégias apropriadas. Modelos de negócios em mutação criam a necessidade de novas estratégias de marca e um claro entendimento dos pontos fortes e fracos do ativo de marca existente. Em algum ponto o mercado irá se recuperar, e o desafio é determinar o que irá constituir a marca certa para aquele mercado no futuro. Não sabemos quando será o rebote desse mercado, e não haverá nenhum grande anúncio para sinalizar que é hora de começar a liderar novamente.

Se você quiser fazer parte disso, precisa ficar na frente da fila e definir seu momento. Marcas dentro do cenário de Depressão precisam de força e resiliência. Mantenha sua cultura flutuando. Certifique-se de que seu pessoal está focado nos consumidores. Você lutará contra a depressão pelo tempo que levar até que os mercados se recuperem.

Tome o pulso do mercado constantemente. Adapte e flexibilize sua oferta para garantir a sintonia. Pare de ouvir seus consumidores, e a depressão que você está enfrentando pode se tornar algo realmente ruim. Você precisa usar toda a sua perspicácia para conseguir isso o mais rápido possível, sem danos de longo prazo ao seu negócio. Você pode precisar redefinir seu negócio, então mantenha sua mente aberta e informada. As coisas estarão em um fluxo constante. Os consumidores irão se adaptar e evoluir. Seja o primeiro a entender como eles irão evoluir e sairá na frente.

Se você está se beneficiando do cenário de Ventos Mais Brandos, não há tempo para desfrutar o momento. Esse mercado pode se afastar de você tão rápido quanto veio. Os consumidores de hoje podem estar sentindo o aperto financeiro, mas estão tão exigentes quanto sempre foram. O baixo custo não será um diferencial por muito tempo.

Para as marcas perdidas na Névoa, seu mantra deve ser seguir com tudo o que você tem. Demonstre confiança, mas siga em frente com todos os seus sensores ligados. Com tantas mudanças acontecendo, você poderá tropeçar no caminho. Fique atento aos pontos reais de problema e ao que você precisa fazer para evitá-los. Encontre o nível de adaptação para manter a demanda.

O valor da marca
Uma marca normalmente é o ativo mais valioso de uma organização. Mas como gerenciar um ativo assim, nestes tempos de turbulência? Entender o papel que uma marca desempenha e como ela gera seus pontos fortes é absolutamente crucial para navegarmos no mercado atual. O cenário exige diferentes técnicas e estratégias para gerenciar a passagem segura da marca pela turbulência resultante.

A próxima fase do ciclo econômico precisa focar na criação de demanda, não na redução de custos. Muitas vezes, criação de demanda parece algo ambicioso demais quando os consumidores fecharam de vez as carteiras. Porém, como temos visto constantemente, os consumidores não compram aquilo que não desejam, e sem demanda não há ingresso de receita para financiar nem mesmo a mais prudente base de custos. Dessa forma, veremos marcas que criam demanda e valor sustentável para seus negócios mesmo nestes tempos mais magros.

Para empresas com mais de 50% de seu valor em ativos intangíveis, mais especificamente a marca, reduções em marketing e inovação cortam diretamente a alma estratégica de sua organização. As marcas que mais criam valor são aquelas que são mais relevantes para a escolha do consumidor”.

Mundo do Marketing: Publicado em 24/04/2009

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Logomarca de São Paulo para a Copa de 2014

O clima da Copa do Mundo de 2014 já começou para a cidade de São Paulo, recém-escolhida como uma das cidades-sede aptas a receber os jogos da competição. Com isso, os paulistanos acabam de ganhar uma logomarca oficial, criada pela MPM Propaganda, que estará presente, a partir de agora, em todo material de comunicação do mundial que fizer menção à capital paulista. No trabalho, as iniciais de São Paulo formam ao mesmo tempo a imagem de um jogador fazendo um ‘voleio’.

Segundo o diretor de criação da MPM, Jorge Iervolino, um dos criadores da logomarca, a ideia era criar um logotipo direto e simples, que fosse de fácil reconhecimento. “A logomarca de São Paulo traz dinamismo, movimento e energia, em que as cores mostram a diversidade de culturas e raças que só São Paulo tem”, reforça.

A direção de criação é de Jorge Iervolino, com direção de arte de Marcelo Anache. O atendimento está a cargo de Daniel Jotta, Gisele Pansera e Cândida Semensato. A aprovação na São Paulo Turismo foi de Caio Luiz de Carvalho, Raquel Verdenacci e Luis Sales.

São Paulo deveria ser homenageada com uma arte bem mais coerente com seu dia a dia e linkar isto com o futebol...

Fonte: AdNews

Abraços!

sábado, 30 de maio de 2009

"Estamos saindo da Era da Eficiência para entrar na Era da Eficácia"

Vender, ganhar mercado, se relacionar com o cliente e medir todo o retorno sobre o investimento é o que sonham 10 entre 10 diretores de Marketing. E se algo dá errado, logo o sonho vira pesadelo. Mas, ao que parece, os clientes da Rapp Collins dormem bem todos os dias. Isso porque Abaetê de Azevedo, CEO da Rapp Collins Worlwide para a América Latina, sabe como cantar uma canção de ninar a cada trabalho desenvolvido.

Entre as frases da canção, estão a que intitula a sua entrevista ao Mundo do Marketing e a primeira resposta. “O Retorno sobre o Investimento está, cada vez mais, sendo o parâmetro para julgar o trabalho das agências”, afirma. Para Azevedo, somente com o Marketing de Relacionamento é possível conquistar, além de participação de mercado, um espaço no coração do consumidor. “Você chega tão perto do consumidor e lhe dá tantos benefícios que ele fica próximo da marca. A propaganda diz que constrói marca, que informa sobre os produtos, mas quem realmente pode colocar a marca próxima do consumidor, respondendo todas as suas dúvidas e criar diálogo com eles, é quem vai conseguir o share of heart”, ressalta o autor do livro “Marketing de Resultados” escrito ao lado de Ricardo Pomeranz, seu sócio na Rapp Digital.

Mas isso só é possível se os principais executivos da empresa estiverem envolvidos e o tamanho das verbas esteja de acordo com as ambições da companhia. “O Marketing Direto está virando estratégico. Hoje temos freqüentes reuniões com presidentes e vice-presidente de grandes empresas”, conta Abaetê de Azevedo, que planeja a aquisição de empresas de móbile marketing e fala sobre concorrências e a evolução do Marketing Direto nos últimos anos.

Como está a questão do Roi no marketing direto?
O Retorno sobre o Investimento está, cada vez mais, sendo o parâmetro para julgar o trabalho das agências. Quem paga a conta do Marketing na empresa quer aumentar as vendas e ganhar mercado muito mais do que manter. Por isso, os profissionais de Marketing estão sendo mais cobrados pelos resultados. Estamos saindo da Era da Eficiência para entrar na Era da Eficácia. Antes, um bom diretor de Marketing fazia três ou quatro promoções no ano de acordo com o calendário promocional, fazia anúncios de tempos em tempos e usava o Marketing Direto para manter isso. O objetivo era ganhar apenas visibilidade e a diminuição das campanhas institucionais mostra isso.

Há muitas coisas que mudaram, como você citou. Mas o que não vai mudar nos próximos anos para o consumidor?
Custo-benefício. A maturidade do consumidor está crescendo e para entender o custo-benefício que o consumidor procura não precisa ser expert. Se você encontra duas torradeiras, uma de quatro fatias de pão, outro de duas, as mesmas têm o mesmo principio de qualidade, de garantia, de design, e custam a mesma coisa, você vai pegar a de quatro torradas. O consumidor quer sempre mais pelo mesmo preço. Sem dúvida o valor da marca é inquestionável, mas hoje isso está mais relativo.

As empresas estão preocupadas em ganhar mercado. Mas como o relacionamento e a comunicação direta podem dar a elas espaço no coração (share of heart) dos consumidores com um discurso vendedor?
Quem é o pai e a mãe de uma criança? É quem cuida e, às vezes, ainda há crianças que são criadas por pais adotivos que nem querem ficar com os pais verdadeiros depois que conhecem. Com o Marketing de Relacionamento, você chega tão perto do consumidor e lhe dá tantos benefícios que ele fica próximo da marca. A propaganda diz que constrói marca, que informa sobre os produtos, mas quem realmente pode colocar a marca próxima do consumidor, respondendo todas as suas dúvidas e criar diálogo com eles, é quem vai conseguir o share of heart.

O que precisa para o Marketing de Relacionamento obter mais verba do cliente e estar mais próximo ainda do planejamento estratégico das empresas?
Estamos em uma fase de transição bem rápida, o que significa uma melhor proporcionalidade na distribuição das verbas. Isso vai dar a importância que uma agência de Marketing Direto merece porque são ferramentas que devolverão um custo-benefício muito interessante. Nesta fase de transição, haverá vítimas daqueles que não souberem entregar isso. O problema também é que estamos num país com uma cultura de propaganda muito forte porque temos grandes dimensões e de produtos massivos. Mas a mudança a que me refiro mostra que o Marketing Direto está virando estratégico. Hoje temos freqüentes reuniões com presidentes e vice-presidentes de grandes empresas.

Mas há quem ainda não faça Marketing Direto acreditando que é caro. O que você pode falar para mudar esta crença?
As fases de transição têm várias características, e uma delas é a conversão de profissionais para o Marketing Direto. Ainda tem muita gente que veio da publicidade, de outras áreas e ainda há barreiras. Mas o que está acontecendo é que já tem gente se formando em Marketing de Relacionamento desde a origem, o que força a distribuição de verbas. E aí vem o incontestável: o Roi vai mostrar que ficará melhor para a companhia a utilização do Marketing Direto porque ele mensura tudo.

E agora o Marketing Direto ganha uma nova ajuda ao se aliar aos meios digitais. Como a agência tem se preparado para este novo momento?
Temos 110 milhões de pessoas com um celular na mão. Já estamos desenvolvendo experiências com clientes com resultados muito bons, mas que não posso dar mais detalhes porque é muito estratégico.

Tem a área de incentivo da Rapp também.
Não somos metidos a gênio não, mas há áreas na Rapp que nasceram a partir de uma demanda do cliente. Foi assim com a área digital que os clientes estavam pedindo e nos associamos ao Ricardo Pomeraz. E eles aceitaram a nossa proposta porque traz um conceito de relacionamento por trás. A área de incentivo vem a reboque das tendências de mercado, assim como foi a digital. Estamos fazendo alianças estratégicas com outras agências para ter mais serviços aqui, como mobile marketing e promoções que sejam mensuráveis.

O cliente está entendendo melhor todas as ferramentas?
Estão entendendo muito e estamos montando equipes de atendimento de primeira linha para poder atendê-los. É a nova geração que está chegando. Sem contar na nossa obrigação de provocar o cliente sempre com novos projetos. Este é um desafio de toda a agência, com uma Tsunami de jobs, de clientes no telefone pedindo um monte de coisas, e os projetos pró-ativos.

E as concorrências?
Não temos medo de entrar em concorrências. Dificilmente deixamos de entrar até porque o nosso histórico é de vitória. Concorremos contra 10 agências pela conta da Volkswagen porque levamos uma proposta muito completa de planejamento e criação. O Marketing Direto tem uma tendência de ir para as concorrências com muito mais planejamento do que criação. E,no fim do dia, o cliente também quer ver criação, não só de coisas técnicas e blá blá blá. É preciso ter muito planejamento estratégico, estimar retorno, mas não pode ser chato e muitas vezes a criação acaba definindo (a concorrência).

Neste ponto, as agências entregam um planejamento e uma criação com um valor que o cliente não está disposto a pagar. Como fazer para chegar no melhor para ambos?
Temos fórmulas de remuneração diferenciadas. Propomos ao cliente a começar (o trabalho) quando não há um entendimento da forma de remunerar. No final de um ou dois meses, fazemos uma média e estabelecemos um fee. É como um rodízio, pois quem vende e quem come fica satisfeito. Temos que buscar uma adequação ao sistema do cliente.

Como a Abemd pode trabalhar esta questão, uma vez que há códigos e tabelas, mas que poucos conhecem e usam?
A Abemd, que é comandada pelo Efraim (Kapulski), com a melhor administração que já teve, não se envolve muito nestas questões. Reunimos-nos, elaboramos um livro com código de ética para ter um mínimo de procedimento para as concorrências, mas a Abemd não se envolve no processo. Ela tenta balizar o mercado, mas quem baliza mesmo são as cinco ou seis melhores agências do mercado.

Muito boa essa!

Fonte: Mundo do Marketing

Todeschini faz endomarketing com TV Corporativa

A Todeschini está investindo em uma TV Corporativa desde 2007. O objetivo da fabricante de móveis planejados é padronizar as práticas e alcançar a excelência dos serviços prestados nas 350 lojas exclusivas da rede.

A empresa implantou ainda o programa de treinamento Saiba+Todeschini, com cursos presenciais, ensino a distância via internet e informações pelo canal de TV fechado. Segundo o coordenador do Setor de Treinamentos da Todeschini, Márcio Augusto Machado, a eficiência dos canais está superando as expectativas.

Fonte: Mundo do Marketing

Muito boa essa heim!

Abraços!



Os 9 Planos Topográficos do Mercado

De uns dez anos para cá, pudemos notar que com mais empenho, as forças produtivas do mercado se organizam em função de analisar suas próprias relações. Este movimento de olhar a si mesmo, que em epistemologia se chama “dobra”, ganhou velocidade com as importantes contribuições de pensadores já “clássicos”, como Porter, Drucker e muitos outros. No entanto, não somente podemos viver a falar de forças, nem de relações ou modelos de clusters. O dinamismo e a velocidade das transformações impõem um ritmo alucinante e, logo mais - isto que, para a maioria ainda é novidade - receberá outro poderoso influxo de moldes topográficos, dialógicos e topológicos. A análise diagnóstica entrará com força total em nossas vidas.

Sendo assim, tentarei detalhar o que se pode esperar para estes movimentos, que, apesar de serem mais conhecidos em filosofia e matemática, começam a ganhar espaço de reflexão nas áreas corporativas. Convencionalmente, espaços topológicos são estruturas que permitem a formalização de conceitos tais como convergência, conexidade e continuidade, atuando como noção unificadora central. Dialógico significa plural. Topográfico, os desníveis e panoramas. Diagnosticar é apontar.

Para tentar desvendar este novo “segredo”, resumi o conteúdo em planos de intersecção, com as perguntas e objetivos principais. Claro que é um resumo, pois este assunto não se esgota num artigo. A noção de planos que se entrecruzam deverá nortear o que entendemos por relações com o mercado e com as estratégias empresariais. Do varejista ao conglomerado que domina toda a cadeia produtiva, ninguém estará isento de participar de uma revolução das simulações e mapeamentos. Por enquanto, devemos nos preparar para a aplicação em nove planos convergentes. São eles:

1- Geo Marketing
Pergunta: Onde estão?
Ação: Infiltrar, Reconhecer e Combater
Objetivo: Identificar a Topografia e Acidentes (Concorrentes/Público/BI)

2- Psico Marketing
Pergunta: O que faz? (Você seguro? Você feliz?)
Ação: Criar campo transcedental neutro e aprazível (Compra e Comunicação)
Objetivo: Eliminar resistências internas + Formar Experiências para compra futura

3- Fisio Marketing
Pergunta: O que tem lá? (que valha a pena ir para conhecer?)
Ação: Vencer a inércia do consumidor e eliminar zonas de conforto (ampliar raio de ação)
Objetivo: Formar zonas intermediárias e/ou clusters variados (novos “pólos”)

4- Cultural Marketing
Pergunta: Como se fazem as coisas por lá? (o que querem realmente e como são?)
Ação: Formar a aceitação e métodos para reconhecê-la
Objetivo: Produção de novas demandas e maior share

5- Lobby Marketing
Pergunta: Qual o caminho mais curto? (existem outros acessos?)
Ação: Evidência, pressão e antecipação
Objetivo: Influenciar escolhas, decisões, espaços e ganhar concorrências

6- Trade Marketing
Pergunta: O quanto podemos participar? (que ações funcionam no PDV?)
Ação: Promoção Inteligente, Ostensiva e Estratégica
Objetivo: Controle do PDV e do melhor espaço no mercado (impacto + venda + imagem)

7- Endo Marketing
Pergunta: Como somos compreendidos? (Isto ocorre? Quando ocorre? Em que nível?)
Ação: Alinhamento Organizacional para um perfeito comando de tropa
Objetivo: Contar com toda a cooperação dos colaboradores (compreensão da Missão)

8- RSE Marketing
Pergunta: O que é Nossa Responsabilidade? (Social, Trabalhista e Ecológica?)
Ação: Neutralização de impactos e sustentabilidade (não só ecológica, mas todos os setores)
Objetivo: Amortecer e sanear quaisquer aspectos negativos na organização

9- Philo Marketing
Pergunta: Quais objetivos são legítimos e sustentáveis?
Ação: Ética reformuladora e processos sustentáveis
Objetivo: Comando racional do processo e conscientização a longo prazo.

Como vêem, existem algumas novidades em relação à visão de mercado, que não se esgotam num simples planilhamento de vendas ou previsões de retorno. Estas simulações pressupõe ter-se em mente um horizonte de realização de progresso. Mas, um progresso que seja seguro e, à cada ação implementada esteja, automaticamente, banindo os desequilíbrios.

Por Luís Sérgio Lico*

* Luís Sérgio Lico é Filósofo e Conferencista. Especialista em Treinamentos, Palestras & Workshops de Alto Impacto Motivacional. Professor, Articulista e Autor do Livro: O Profissional Invisível.

Fonte: Mundo do Marketing

“Demita o Diretor de Marketing”

Roberto Justus está fazendo escola. Agora é Walter Longo, seu consultor no programa O Aprendiz, mentor de Estratégia e Inovação do Grupo Newcomm e Vice-Presidente da Young & Rubicam no Brasil que propõe a demissão de profissionais. Mas Longo não é tão implacável quanto Justus. Ele propõe que o diretor de Marketing vire um diretor de nexo, tamanha é a falta de conexão entre as estratégias e ações de Marketing das empresas hoje em dia.

A falta de nexo é explicada pelo momento que o mundo está vivendo. “Estamos entrando num período conhecido como Tesarac”, aponta Walter Longo em entrevista ao Mundo do Marketing. Segundo o especialista, estamos num período da história em que ocorrem mudanças sociais e econômicas, transformando o mundo numa sociedade caótica e desorganizada até que a sociedade encontre uma nova ordem que a recomponha. “É uma revolução igual a Revolução Industrial. O volume de mudanças brutal que está acontecendo em todos os setores gera uma dificuldade de saber para onde as pessoas vão”, complementa.

O que antes eram certezas agora são dúvidas. “Quando você não tem noção muito clara de onde você vai, fica mais difícil ter um nexo”, analisa. Outras razões explicam a falta de nexo. Há uma explosão de novas mídias. Com isso, a capacidade de perder nexo é maior também. O Marketing extrapolou o Marketing. “Hoje tem muitas pessoas diferentes numa empresa fazendo marketing. A área financeira faz relação com o investidor, o RH faz relação com o público interno, a área de produção faz pesquisa, design e o Marketing acaba fazendo só publicidade”, explica.

Razões da falta de nexo no Marketing
A falta de nexo vem também da mudança que o avanço da mídia digital proporcional. Mudou a forma de relacionamento entre as empresas e o consumidor. De acordo com Walter Longo (foto), que acaba de lançar o livro “O Marketing na era do nexo” (BestSeller) ao lado de Zé Luiz Tavares, há uma dificuldade de planejar porque tudo muda muito, a toda hora. “O profissional perde muito o lado estratégico e parte para o tático, mas ele pode ser estratégico sendo tático e tático sendo estratégico. Sem isso o nexo perde muito da sua força”, adiciona.

Nesta Era de Tesarac impera o Marketing do medo. Os profissionais de Marketing estão com medo de tomar decisões. Deixa que o concorrente faça antes e depois decide o que vai fazer. “Muita gente está tomando decisão não por ter certeza, mas para não ficar para trás. Empresas de propaganda estão criando braços digitais não porque acreditam no negócio interativo, mas sim porque se não fizerem o cliente vai para outro lugar”, ressalta Walter Longo.

Dificuldades e caminhos
O que dificulta a tomada de decisão correta e com nexo é que o próprio processo decisório está errado. “ As decisões são tomadas por dedução, por generalização, por repetição ou por intuição. Dependendo do tipo de decisão que se toma, coloca-se a empresa em risco”, diz. “Há centenas de formas para uma empresa se comunicar. E a empresa fala uma coisa na propaganda, fala outra no ponto-de-venda e esses esforços acabam sendo anulados e gera uma marca sem energia”, completa Longo.

Por isso Walter Longo acredita que o diretor de Marketing deveria se transformar num diretor de nexo. “Ele deveria ser o grande orquestrador de todas as ações. Ele deve ser o defensor, o evangelista da marca desde o jornalzinho do chão de fábrica, que deve estar em consonância com a missão e os valores da empresa”, assegura. E aqui não entra só a criatividade, embora seja muito importante. “O que necessita é um ambiente propício a criatividade, um clima organizacional que admita erro e, num momento de crise, certas pessoas não ousam por medo de errar. Uma coisa importante é que o nexo não limita a criatividade. Nexo é ter pertinência e coerência”, conclui.

Abraços

Fonte: Mundo do Marketing

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Red Bull comunica sua marca no Brasil sem utilizar a mídia tradicional


Conta-se nos dedos das mãos as marcas que promovem ações de marketing tão inusitadas e impactantes quanto a austríaca Red Bull. Corridas de aviões, piloto de Fórmula 1 com capa de Super Homem, competições em que se joga um ovo a uma altura de 15 metros sem que ele quebre, colocar um atleta para fazer wakeboard nas ruas alagadas de Veneza são apenas algumas delas.

Todas essas ações falam por si. Ganham as capas dos jornais do mundo inteiro. Passam em programas esportivos na TV, as pessoas comentam por dias, postam fotos e comentários em blogs, vídeos no YouTube, criam comunidades em redes sociais e pronto: a marca é divulgada sem comprar um centímetro de jornal sequer nem um comercial na TV.

Com este histórico, contratar uma agência de publicidade no Brasil pode parecer desnecessário. Mas só parece. Para a Loducca, que passou a trabalhar com a marca no país em janeiro deste ano, o desafio é grande. Principalmente pelo briefing da Red Bull. Apenas cerca de 20% das ações usarão mídias tradicionais.

O sócio e diretor de criação da Loducca, Guga Ketzer, conversou com o Mundo do Marketing e comentou sobre os desafios de trabalhar para “uma marca transgressora”. Veja os principais trechos desta conversa na agência que tem uma moto na entrada com a marca da bebida. Um presente da Red Bull que em troca quer resultado para além das mídias tradicionais.

Desafio
“(O cliente) é um grande desafio para a Loducca porque é uma marca extremamente jovem, inovadora e diferenciada, que surgiu de uma categoria de produto que não existia. Ela inventou uma categoria. Está no DNA deles, no espírito da marca fazer ações diferenciadas. É um desafio excelente ficar o tempo inteiro atrás de coisas novas, inventar ações fora da mídia e fazer barulho”.

Ousadia
“Ficamos até acuados porque eles já fazem coisas tão boas e nos força a ser cada vez mais ousados. É um cliente que nos força a estar o tempo inteiro pensando em coisas diferentes. É o tipo de coisa que temos aqui com a MTV. Se não tivermos o pulso muito apertado em inovação, tecnologia e em o que está na frente, em o que vai acontecer, estamos atrasados”.

Dificuldade
“Ao mesmo tempo em que alguém pode olhar e dizer que é difícil, que é complicado superar as expectativas, por outro lado temos uma grande chance”.

O que fez ganhar a conta
“Não foi uma concorrência convencional. Foi uma procura por uma filosofia de trabalho. Ganhamos muito mais pela história, pelos trabalhos e pelo perfil da agência do que por uma concorrência tradicional”.

Profissionalismo
“A Red Bull tem um espírito inovador, ousado e transgressor, mas ao mesmo tempo super organizado, super correto, super certo. É muito o que a Loducca é e por isso que temos uma sinergia”.

Quebra de paradigma
“Para a Loducca não é tanto uma quebra de paradigma porque por mais que a remuneração tradicional das agências esteja baseada em mídia, a Loducca está muito baseada em fee. Temos trabalhado para muitos clientes com coisas que não são só mídia”.

Ideia
“O essencial de todo o trabalho é a ideia. Todas as cento e tantas pessoas que trabalham aqui trabalham em prol da ideia. Cada ideia precisa ser colocada de um jeito, seja na mídia, num evento ou em uma promoção. Depende da necessidade do cliente. Existe ideia tradicional, não existe mídia tradicional. Uma boa ideia pode ser colocada na TV, no jornal e até em uma revista, sim”.

 A necessidade de Red Bull
“Eles têm uma necessidade de marca, de comunicação. Não adiantaria eles terem o melhor evento do mundo se eles não reverberassem. Eles têm uma assessoria de imprensa fantástica, mas é preciso saber que tal dia vai ter o Flugtag, uma competição de aviões caseiros que têm que voar o maior tempo possível. Estamos fazendo essa divulgação no ponto-de-venda, em parques, em faculdades, na mídia tradicional, na Internet e no YouTube”.

Conteúdo
“A Red Bull produz muito conteúdo. Eles patrocinam duas equipes de Fórmula 1 e vários pilotos usam a garrafinha com a bebida. Grandes eventos que eles fazem passam na Globo e no mundo inteiro. Nosso papel é comunicar estes eventos, propor eventos e ações novas. Correr atrás de novidades e procurar o que nunca ainda foi feito”.

Comunicação
“A comunicação dela não se dá só com as ações de comunicação. Se dá muito com os eventos, com os fatos e com as ousadias deles. O core business deles é inovação. Ruptura. Transgressão. O lance é como isso reverbera. Com relações publicas, com conteúdo e com comunicação tradicional”.

 A sete chaves
“Temos planejado ações muito legais, mas que não podemos falar porque acontecerão às vezes até sem aparecer a marca e estraga a surpresa. Tem coisas que são muito sigilosas. Tem gente até na agência que não sabe”.

Uma ação
“A Red Bull ganhou um prêmio e eles queriam dar um diploma, dar alguma coisa para os funcionários guardarem como lembrança. Fizemos um shape de skate assinado por artistas para colocar na parede com o seu nome”.

Abraços!

Fonte: Mundo do Marketing

O Marketing da nova geração

Acabou a Era do discurso quando o assunto é Marketing. “Não adianta fazer mais gracinha porque hoje os consumidores são capazes de criar seus próprios comerciais”, aponta Mario Castelar, Diretor de Inovação da Nestlé em entrevista ao Mundo do Marketing sobre o lançamento de seu livro cujo título é o mesmo desta reportagem: “O Marketing da Nova Geração”, editora Campus.

A interrupção, a comunicação unilateral está chegando ao fim. “Agora tem que se estabelecer conexão com as pessoas. Dizer o que interessa a elas e fazer uma proposta que tenha algum significado, criar um relacionamento, prestar serviço e proporcionar experiência”, afirma Castelar. Hoje, as empresas devem conversar com as pessoas porque elas falam, opinam e vão até as empresas.

A Nestlé tem seis portais na internet que recebem dois milhões de acessos por mês. Por dia, são 10 mil contatos com consumidores. “Prestamos atenção a isso. Se o consumidor sugere alguma coisa, buscamos atender se for possível. Isso que vai funcionar daqui para frente. É relacionamento”, explica o executivo que já esteve à frente do Marketing da multinacional suíça no Brasil. Seguindo este princípio, a própria Nestlé voltou atrás em 2008 na descontinuidade de uma linha de Nescau depois que milhares de consumidores reclamaram.

Pessoas ao invés de consumidores
Consumidores não. Pessoas, ressalta Castelar. “Se você só olha para uma dimensão delas, que é o consumo, deixa de entender o todo. O profissional de Marketing tem que sair mais para a rua. Temos que deixar o escritório e ir para onde as pessoas estão vivendo. Prestar atenção e produzir projetos de Marketing e de comunicação, produtos e serviços, a partir do olhar destas pessoas”, diz.

Neste novo tempo, as pesquisas e a comunicação também devem mudar. Hoje, a base amostral é um domicílio. Para Castelar, a menor unidade amostral não pode ser mais o domicílio porque não funciona mais. “Os hábitos não são homogêneos em um domicílio. As pessoas comem comidas e assistem a programas diferentes. Tem que entrevistar um por um”, constata. Na hora de comunicar, também deve se considerar o indivíduo. “É mais barato fazer uma comunicação um a um hoje por causa da possibilidade dos meios móveis. A internet possibilitou fazer comunicação um a um com efeito massivo porque atinge muita gente, pondera Mario Castelar.

Novas regras
Novos canais de venda também devem ser explorados. A Nestlé está vendendo seus produtos de porta em porta nas periferias dos grandes centros. “Está tendo muito resultado”, conta. Outra mudança está na concepção dos produtos da multinacional. Com as pessoas e a comunicação em movimento, a Nestlé está desenhando produtos que facilitam as pessoas a comerem ao mesmo tempo em que estão andando.

Estas são algumas das mudanças do Marketing da nova geração. Há muitas apontadas por Castelar, como a multidisciplinaridade e a transparência. “A empresa tem que ter um projeto de Marketing suportado por um grupo que conhece todas as disciplinas e ferramentas”. E não pode mais mentir. “Antes se mentia muito. A grande malandragem hoje é ser correto, honesto, transparente e ser do bem”, atesta.

Abraços!

Fonte: Mundo do Marketing

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