sexta-feira, 6 de março de 2009

As melhores idéias surgem com as crises

A crise norte-americana afetou a confiança dos consumidores no mundo todo. Eles podem até ter algum dinheiro guardado e crédito a disposição, mas estão sem confiança, acabam não realizando as compra. E quando compram de forma diferente da sua "rotina de consumo", acabam mudando o hábito. Ao invés de ir ao restaurante, fica em casa e vai ao supermercado atrás de produtos diferenciados. Esta mudança no comportamento já está sendo vista nos Estados Unidos, e certamente acontecerá no Brasil e obrigará a indústria a repensar a ofert a de produtos e o varejo a mudar o seu conceito.

Com esta mudança do comportamento, os varejistas terão de repensar suas estratégias de Marketing para se adequar a nova realidade. O Índice Nacional de Confiança do consumidor brasileiro, medido mensalmente pela ACSP/Ipsos, apresentou baixa de um ponto em janeiro deste ano, mas continua alto, marcando 138 pontos, diante dos 129 pontos medidos no ano passado.

Nos EUA, estima-se que 26% dos varejistas estão com problemas para manterem suas operações. Cerca de 150 mil lojas já foram fechadas. Quem luta pela sobrevivência está reduzindo as linhas de produtos e adiando investimentos para o futuro. No Brasil, com ou sem crise, as lojas continuam de pé e os consumidores ativos, seja lá qual for o cenário, as pessoas continuarão comprando e fazendo escolhas, afinal as necessidaes do ser humano tem de ser suprida. Hoje a grande sacada, é ter estratégias de Marketing com foco nos clientes, conhecendo-os, segmentando-os e oferecendo produtos que agregem cada vez mais valor a estes consumidores, que estão cada vez mais em busca de produtos diferenciados daqueles comuns encontrados nas condolas dos varejistas.

As novas tendências, fazem com que surjam novos padrões de consumo e modelos de comercialização e de comunicação. A meta agora, mais do nunca, é de reinventar sempre. Ao invés de consumir muito, as pessoas estão passando a consumir melhor, de forma consciente, tem consumidor que se preocupa até com o método de fabrição dos produtos e ou serviços, e se a marca se preocupa com a preservação do meio ambiente, o chamado consumerismo. Temos hoje o consumo Flex, onde podemos comprar em lojas tradicionais (espaço físico), em casa pela internet onde as "lojas" ficam abertas 24 horas, venda porta a porta e mobile marketing, telemarketing, entre outras, cabe as empresas estarem atentas e prontas para todas essas forma de comercialização de produtos e serviços que vem crescendo a cada dia.

As lojas virtuais da Saraiva, Livraria Cultura, Ponto Frio e Fast Shop são ótimos exemplos para este novo cenário, precisando ainda integrar mais os canais, o que as Casas Bahia já está começando a fazer com o lançamento de sua loja virtual, onde o consumidor compra on-line e retira o produto na loja sem pagar o frete, e ainda continua com as lojas tradicionais. A Coca Cola iniciou a venda porta a porta de refrigerantes e os veículos que transitaram pelos bairros vendendo os produtos, estavam vazios antes do meio dia.

O cenário atual também obriga os varejistas a otimizarem seus ativos. São todos os canais de vendas, os estoques e a carteira de crédito. O ponto-de-venda deve estar localizado corretamente, preços adequados a esta localização, alocação e otimização dos espaços, estimar a demanda, ter um abastecimento correto, elaboração de promoções atrativas, identificar padrões de consumo e conhecer os riscos.

Os novos tempos para os varejistas são de buscar diferenciação para aumentar a rentabilidade, uma vez que a maioria dos produtos são comuns. A grande diferença está no "cafezinho", ou seja os varejistas tem que criar ainda mais serviços e um posicionamento que se transforme em um conceito diferente, e não ser um mero vendedor de espaços para que as marcas comercializem seus produtos.

Abraços!

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